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Módulo 5

Sol

A “tostar” ao sol, ninguém vê nem sente os efeitos da radiação ultravioleta (UV). Mas será que os UVs são inofensivos? E se forem “só” duas semanas de praia, haverá riscos?  

Quando a pele está ao sol, é exposta à radiação UV que pode danificar o DNA das células e originar um cancro da pele. Só em Portugal há aproximadamente 12 mil novos casos por ano. A maioria não causa grandes problemas, mas cerca de 10% são do tipo melanoma, a forma de cancro de pele mais agressiva e letal, que é responsável por cerca de 300 mortes por ano. 


Cerca de 90% dos cancros da pele são causados por uma exposição desadequada ao sol. Não restam dúvidas: estar ao sol sem cuidados é muito arriscado, e o risco de melanoma aumenta a cada nova queimadura solar, que nem precisa de ser extrema ou esfolar, basta que deixe a pele rosada ou vermelha.


Para desfrutar do sol em segurança e evitar os perigos da radiação UV é preciso saber estar ao sol nas horas mais seguras e sempre com as devidas proteções: ao ar livre, deve procurar-se a sombra e usar roupas que cubram a pele na totalidade. Os banhos de sol devem ser antes das 11 horas e depois das 17 e não se deve expor a pele ao sol mais de 2 horas. Também é importante usar protetor solar, ainda que esta medida sirva apenas para complementar as anteriores.


Em Portugal, onde “umas semanas de praia” são um ritual para muitas famílias, os cuidados devem ser redobrados, já que a exposição solar de grande intensidade em períodos de curta duração é o padrão de exposição mais propício ao desenvolvimento de melanoma. E também há que afastar a ideia que os cuidados “são só na praia”: a radiação solar é perigosa no jardim, no campo, a fazer ski na neve, ou durante uma caminhada. O nível de intensidade da radiação UV é influenciado por diversos fatores que podem tornar a exposição solar ainda mais perigosa: 

  • Altitude: a radiação UV aumenta 15% por cada 1000 metros de altitude, o que significa que é superior nas zonas de montanha;
  • Latitude: a radiação UV é maior nas regiões mais próximas do equador, algo a ter presente quando se viaja para essa região;
  • Época do ano: a radiação UV é maior nos meses de verão
  • Hora do dia: a radiação UV tem intensidade máxima ao meio dia solar, que é quando a exposição solar é mais perigosa.
  • Nebulosidade: o céu nublado retém parte da radiação UV (cerca de 30%). Contudo, como os dias nublados geralmente não são tão quentes, a radiação infravermelha não se sente, o que deixa uma sensação enganadora de que a pele não está a ser queimada. Nestes dias acabamos por ficar ao sol durante mais tempo, facilitando as queimaduras solares - e acontece o mesmo nos dias ventosos.
  • Reflexão: a radiação UV reflete na areia (15 a 30%). Por isso, mesmo debaixo do guarda-sol são necessários cuidados: 3 horas debaixo de um guarda-sol podem corresponder a 1 hora direta ao sol. O mesmo fenómeno de reflexão acontece na neve (80 a 90%) e na água (5%), o que leva a que uma sessão de ski ou banho no mar sejam muito propícios a escaldões.

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Nos meses mais soalheiros as praias portuguesas enchem-se de veraneantes à procura do bronze ideal. Mas será que ganhar cor implica riscos? Como desfrutar do sol em segurança?
A ideia generalizada que uma pele bronzeada é uma pele mais bonita e desejável choca com um facto frequentemente esquecido: uma pele queimada pelo sol é uma pele menos saudável. A radiação ultravioleta (UV) do sol provoca o envelhecimento precoce da pele. Pior ainda, os UVs podem danificar o DNA das células da pele aumentando o risco de cancro de pele. É o cancro mais frequente em Portugal - são mais de 12 000 casos por ano - e no Mundo. Se a maioria dos cancros de pele não é particularmente perigoso, existe um subtipo, o melanoma, mais agressivo e mortal, responsável pela morte de mais de 300 pessoas por ano. Mas preveni-lo não é complicado se tivermos os cuidados certos com o sol.
Mais de 90% dos casos de melanoma devem-se a uma exposição desadequada ao sol. A procura do bronze ideal é feita à custa de períodos de exposição muito intensos, condensados em curtos períodos no ano.
Apesar das estatísticas pouco animadoras, há boas notícias: o melanoma é um cancro prevenível. “Ganhar cor sem arriscar” é possível e não implica cortar relações com o sol - desfrutar do sol em segurança está ao alcance de todos, mas implica alguns cuidados. As medidas de prevenção mais importantes são procurar lugares com sombra e usar roupas com cobertura total da pele, estar ao sol apenas nos horários seguros (antes das 11h e após as 17h) e usar o protetor solar, uma medida de proteção que complementa as anteriores, mas não a mais eficaz.
Para ganhar cor sem arriscar, deve: 
  1. Consultar o índice de radiação UV antes de exposição ao sol, para saber qual a intensidade da radiação solar, e evitar expôr-se em dias com índice superior a 5.
  2. Aplicar uma quantidade generosa de protetor solar anti-UVA e anti-UVB, 15 minutos antes da exposição. Utilizar factor de proteção solar (FPS) 50 ou FPS 30 para quem é muito moreno.
  3. Evitar a exposição solar entre as 11 e as 17 horas. Em Portugal, o período mais perigoso é entre as 12 e as 16 horas, pelo que se deve evitar a todo o custo estar ao sol neste horário. Uma maneira simples de saber quando se pode estar ao sol é seguir a regra da sombra: a exposição solar é segura quando a nossa sombra é maior do que nós próprios.
  4. Repetir a aplicação do protector solar 30 minutos após o início da exposição solar. Fazê-lo também depois de ir à água.
  5. Evitar períodos de exposição solar superiores a 2 horas. 
  6. Ter em atenção que mesmo debaixo do guarda-sol a proteção não é total, já que a areia reflecte cerca de 15% da radiação solar.
  7. No resto do dia, vestir roupas que cubram a pele na totalidade (calças, camisola de manga comprida, de tecido não poroso e escura, chapéu de abas, óculos de sol) e procurar a sombra. 
E para aqueles que querem mesmo ficar bronzeados, existe uma alternativa menos arriscada que estar ao sol: o uso de autobronzeadores. Ainda que não sejam conhecidos todos os seus efeitos, parecem ser mais seguros que a exposição à radiação UV. No entanto, a tonalidade bronzeada que conferem à pele não a protege contra a radiação UV do sol. Quem os usa deve proteger-se dos efeitos do sol da mesma maneira que as restantes pessoas. A escolha destes produtos deve ser aconselhada por um dermatologista. Já o recurso a solários é desaconselhado por qualquer dermatologista e está interdito a menores de 18 anos.
Como nem todas as peles são iguais, a exposição ao sol deve ser feita de acordo com as características e cor da pele de cada um. As mais claras requerem maior proteção, mas todos devem desfrutar do sol em segurança, mesmo aqueles que têm peles muito escuras. Já as crianças com menos de 3 anos não devem ser expostas diretamente ao sol, uma vez que têm uma pele em desenvolvimento que não se consegue proteger adequadamente das agressões causadas pela radiação UV.

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Quando a radiação UV penetra na pele há um efeito que, infelizmente, todos conhecemos bem, que é a queimadura solar. Contudo, há outro efeito invisível que pode ser extremamente grave, já que a radiação UV pode causar danos no DNA das células, as chamadas mutações. E este é um efeito que muitas vezes ignoramos, até porque podem passar muitos anos até essas mutações causarem um cancro da pele. A radiação UV também pode causar envelhecimento prematuro da pele, cataratas e algumas doenças imunológicas.

O Instituto Português de Meteorologia tem um recurso online que podes usar para saber qual o índice de ultravioleta no local onde moras ou onde pretendes estar ao ar livre. O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo). Basta visitares este site, sempre que aches que irás estar exposto ao sol: https://www.ipma.pt/pt/otempo/prev.uv/.

Sim, os solários são fontes artificiais de UV com o intuito, exclusivamente estético, de contribuir para o escurecimento da pele. A sua utilização é completamente desaconselhada do ponto de vista da saúde, e até mesmo proibida a menores de 18 anos e a grávidas. Os benefícios que se veem muitas vezes publicitados – como a “preparação” da pele para o verão, o aumento de vitamina D, entre outros – não são verdadeiros ou escamoteiam os riscos que são idênticos aos de uma exposição solar intensa. Uma sessão de 15 a 30 minutos equivale a um dia inteiro na praia. A proximidade da fonte emissora agrava estes efeitos, particularmente os devidos à radiação UVB. Infelizmente, a falta de regulamentação do setor não define critérios de segurança, como os limites de utilização, o número máximo de sessões ou a necessidade de adaptação da dose ao tipo de pele.

Calcular a área de sombra


Seja na praia ou noutros locais temos sempre que ter cuidado quando nos expomos ao sol. Há várias medidas de prevenção que devemos adotar para usufruir de forma segura do sol, mas a mais importante é procurar a sombra. Mas será que a sombra disponível nos locais que frequentas é suficiente? Será a área de sombra da tua escola suficiente para todos os alunos que lá estudam? Como podemos descobrir? Esse é o desafio que te propomos.

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Duração: 30 minutos de trabalho na sala de aula + trabalho autónomo

Como fazer?

1. Divide a turma em grupos de trabalho e distribui a zona exterior da escola pelo número de grupos formados. Cada grupo será responsável por determinar a área de sombra existente nessa zona. Se não estiveres a ter aulas presenciais, seleciona um espaço próximo da tua casa, como um jardim público ou um parque infantil, para realizares esta atividade.
2. Utiliza giz branco para marcar no chão a sombra projetada pelos edifícios, árvores ou outros obstáculos às 12h.
3. Com uma fita-métrica regista as medidas necessárias para calcular a área de sombra existente. (dica: podes simplificar as medidas aproximando a sombra projetada a formas geométricas simples).
4. Calcula a área total de sombra somando todas as áreas de sombra calculadas.
5. Considerando que cada metro quadrado comporta 3 pessoas em pé com algum espaço entre elas (e sem contar com as distâncias impostas pela covid-19!), calcula o número máximo de pessoas que poderão estar simultaneamente à sombra no espaço analisado e determina se a área de sombra é suficiente para o número de pessoas que normalmente ocupam esse espaço (no caso da escola, podes saber o número de alunos).
6. Caso percebas que o espaço de sombra do local é insuficiente, apresenta os teus cálculos à entidade responsável pelo espaço (direção da escola, junta de freguesia, etc.) e tenta sensibilizar para a prevenção do cancro da pele e para a importância da existência de sombra nesses espaços de utilidade pública.

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